quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Livro: Libertinagem & Estrela da Manhã-Rio de Janeiro-1930:




     Libertinagem-Rio de Janeiro 1930 :È o quarto livro de poemas de Manuel Bandeira, mas é o seu primeiro livro verdadeiramente moderno e importante.É uma  sucessão se poemas espantosos , cheios de novidade ,humor ,erotismo, refinamento musical, força de imagens- tudo isso produzindo uma intensidade emocional que , ás vezes , aproxima-se do piegas ,mas nunca cai nele.
  Alguns dos poemas mais famosos de Bandeira fazem parte deste livro: “Pneumotórax”, cena de humor negro envolvendo um tuberculoso e um médico infame; “Pensão familiar”, cena do cotidiano de uma “pensãozinha burguesa”, com o inesquecível gatinho que “faz pipi” e “encobre cuidadosamente a mijadinha”
 “a única criatura fina da pensãozinha burguesa”; “Profundamente”, um dos grandes poemas da morte deste grande poeta da morte, e, talvez o mais célebre de seus poemas, “Vou-me embora pra Pasárgada”, deliciosa utopia que apresenta a fantasia de um país em que todos os desejos se satisfazem, especialmente os desejos sexuais:

  
                                                                         “ Vou-me embora prá Pasárgada
                                                                                Lá sou amigo do rei
                                                                     Lá tenho a mulher que eu quero
                                                                               Na cama que escolherei
                                                                      Vou-me embora prá Pasárgada” (...)


   A cinza das horas-1917


 Primeiro livro de Manuel Bandeira, A Cinza das Horas, é marcado pelo tom fúnebre, e traz poemas parnasiano-simbolistas. São poesias compostas durante o período de sua doença. Do ano em que o poeta adoece até 1917, quando publica A Cinza das Horas, é que se daria a etapa decisiva e a inusitada gestação de um dos maiores escritores da língua portuguesa.


Segundo ele próprio, Manuel Bandeira, quando publica esse livro não tinha a intenção de começar carreira literária: "desejava apenas dar-me a ilusão de não viver inteiramente ocioso". O eu-lírico vivencia o ato de morrer à medida que descreve sua agonia em seus 
versos que são seu sangue.

Estrela da vida inteira
                                                       

 O livro Estrela da Vida Inteira é, sobretudo, uma reunião, um conjunto de livros de Bandeira. Portanto, ao entrar em contato com essa obra o leitor estará diante de um panorama geral da lírica de um dos maiores poetas que nosso país produziu. Vejamos, então, a seqüência das obras de Bandeira, e a análise de alguns dos seus mais expressivos poemas.




Carnaval

Em Carnaval ainda encontramos poemas que seriam definidos pelo próprio Bandeira como “pastiches parnasianos”, “uns fundo de gaveta”, poesia deslocada em sua obra que nada acrescenta ao livro. Todavia, em alguns desses casos, visualizamos certas tendências que se acentuariam mais tarde no Modernismo de 22, como em Verdes Mares, poema no qual verificamos o uso da piada em poesia:

Clama uma voz amiga: - Aí tem o Ceara.
E eu, que nas ondas punha a vista deslumbrada,
Olho a cidade. ao sol chispa a areia dourada.
A bordo a faina avulta e toda a gente já.

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