Conhecimento aprofundado:
Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa
Bandeira e de sua esposa Francelina Ribeiro,
era neto paterno de Antônio Herculano de
Sousa Bandeira, advogado, professor da Faculdade de Direito
em Recife e deputado geral na 12ª legislatura. Tendo dois tios
reconhecidamente importantes, sendo um, João Carneiro de Sousa
Bandeira, que foi advogado, professor de Direito e membro da" Academia
brasileira de letras" e o outro, Antônio Herculano
de Sousa Bandeira Filho, que era o irmão mais velho de seu
pai e foi advogado, procurador da coroa, autor de expressiva obra jurídica e
foi também Presidente das Províncias da Paraíba e de mato
Grosso. Seu avô materno era Antônio
José da Costa Ribeiro, advogado e político, deputado geral
na 17ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô citado em Evocação do
Recife. Sua casa na rua da União é referida no poema como "a casa de
meu avô".
No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da
profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no colégio Pedro II (Ginásio
Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos,
de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur
Moses.
Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou
o curso de arquitetura na Escola Politécnica
de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose. Para se
tratar buscou repouso em campanha, Teresopólis e Petropólis. Com a ajuda
do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no
Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de 1913 a outubro
de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard. Em virtude do início da Primeira Guerra
Mundial, volta ao Brasil. Ao regressar, iniciou na literatura, publicando
o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares,
custeada por ele mesmo. Dois anos depois, publica seu segundo livro,
"Carnaval".
Em 1935, foi nomeado inspetor federal do ensino e em 1936, foi publicada
a “Homenagem a Manuel Bandeira”, coletânea de estudos sobre sua obra, assinada
por alguns dos maiores críticos da época, alcançando assim a consagração
pública. De 1938 a 1943, foi professor de literatura no Colégio D. Pedro
II, e em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de
Letras. Posteriormente, nomeado professor de Literaturas
Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, cargo
do qual se aposentou, em 1956.
Manuel Bandeira faleceu no dia 13 de outubro de 1968, com hemorragia
gástrica, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no túmulo 15
do mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João
Batista, no Rio de Janeiro.
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